A equipe do Ministério da Fazenda vai apresentar o texto do novo arcabouço fiscal ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ainda nesta segunda-feira (20), para evitar que o presidente da Câmara seja surpreendido quando o texto chegar à Câmara dos Deputados.
O novo arcabouço é a forma pela qual o governo do Lula vai se comprometer a estabilizar a dívida pública e equilibrar as contas do governo, e deve substituir o teto de gastos, que limita o crescimento de grande parte das despesas da União à variação inflação (entenda o que o novo arcabouço fiscal significa na prática para a economia).
Lira e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vêm conversando sobre o texto há dias e, durante um jantar na semana passada, o presidente da Casa sugeriu que o texto fosse apresentado aos líderes do Congresso como um gesto do governo aos parlamentares, para que esses não ficassem sabendo da proposta por meio da imprensa.
Lira já tinha dito ao presidente Lula (PT), durante um jantar, que vai prestigiar as pautas de Haddad, pois o considera o interlocutor do governo para a economia. Ambos estão alinhados e preocupados com ataques à proposta vindos, principalmente, do PT.
O movimento junto a Lira e outros líderes parlamentares busca, justamente, blindar a proposta do novo arcabouço fiscal das críticas da legenda. No final de semana, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, foi às redes sociais defender expansão de gastos no momento em que Haddad tenta aprovar o novo marco fiscal.
A postagem da deputada foi alvo de críticas do presidente do Progressistas, senador Ciro Nogueira (PP-PI), que a chamou de líder de oposição.