Na 41ª sessão suplementar da Câmara de Toledo, realizada nesta terça-feira (10), o vereador Vilson André da Silva, conhecido como Chumbinho Silva, utilizou a tribuna para expressar sua indignação quanto ao atendimento da Copel nos municípios produtores, destacando a precariedade do sistema energético, especialmente após os temporais do último final de semana.
“Durante essa chuvarada, vimos o quão sensível está o sistema da Copel. A culpa não é do gerente local ou regional, mas sim da falta de investimento no setor. Regiões como Linha Gramado, São Luiz, Sarandi e Dez de Maio enfrentaram grandes dificuldades, e o problema não é ter problema, mas sim a falta de estrutura para solucioná-los”, afirmou.
O vereador também criticou a privatização da Copel, temendo que os recursos anunciados para investimentos, como os R$ 2,1 bilhões divulgados no ano passado, sejam direcionados apenas para grandes centros urbanos como Curitiba, Londrina e Maringá, enquanto áreas rurais produtoras ficam esquecidas.
“Nosso sistema da Copel é dos anos 50 e nunca mais recebeu investimentos significativos. É uma vergonha priorizar grandes centros urbanos que não produzem agronegócio enquanto o Oeste do Paraná, que mais produz alimentos por metro quadrado no mundo, enfrenta problemas básicos de infraestrutura energética”, enfatizou.
Chumbinho sugeriu que, no próximo ano, a Câmara promova uma reunião com representantes dos distritos e bairros, além do prefeito eleito Mário Costenaro, agricultores, sindicatos e outros órgãos, para pressionar a Copel, via AMOP (Associação dos Municípios do Oeste do Paraná), a garantir melhorias no sistema. Ele também criticou mudanças recentes no formato das contas de energia, agora digitais, que têm causado transtornos aos consumidores.
“O pequeno produtor está gastando o que não tem para manter geradores de energia funcionando durante a noite. Não podemos aceitar essa falta de respeito com quem alimenta Toledo, o Paraná, o Brasil e o mundo”, concluiu.
A fala do vereador reflete uma preocupação generalizada dos produtores rurais e reforça a necessidade de ações efetivas para garantir um sistema energético mais eficiente e justo na região.
Da Redação