BRASÍLIA – Três governadores aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmaram, até o momento, presença na manifestação convocada pelo ex-presidente na Avenida Paulista, no próximo dia 25. Outros dois já avisaram que não vão ao ato. O evento foi organizado por Bolsonaro após ele virar alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) que investiga um suposto plano de tentativa de um golpe de Estado após as eleições de 2022.
“Não é um movimento contra ninguém, como o próprio Bolsonaro fez questão de ressaltar em seu chamamento. Ele quer uma oportunidade para falar ao Brasil e eu estarei ao lado dele”, disse Caiado.
Jorginho Mello, inicialmente, afirmou que não compareceria ao ato por estar em viagem, para compromissos em Dubai, nos Emirados Árabes. No entanto, o governador antecipou o retorno ao Brasil.
Ele foi um dos poucos aliados que defendeu publicamente o ex-chefe do Executivo após a operação da PF, declarando que os investigadores estão “procurando pelo em ovo”.
“Não tem impacto nenhum (a operação da PF). A Polícia Federal parece que não tem mais o que fazer do que ficar requentando os fatos. Estão procurando pelo em ovo. Jair Bolsonaro é um homem decente”, afirmou Mello em vídeo publicado no dia 13.
Aliados que vão se ausentar justificam choque com outros compromissos
O governador do Acre, Gladson Cameli, disse que não poderá comparecer ao ato na Paulista por conta de uma viagem que fará para o Oriente Médio no período em que será realizada a manifestação. Durante as eleições de 2022, onde foi reeleito em primeiro turno para o comando do Estado com 56,7% dos votos, Cameli disse que não apoiar Bolsonaro seria um “prejuízo eleitoral muito grande”.
Porém, logo após o início do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o acreano trocou afagos com o petista, entregando uma cesta com produtos regionais para o mandatário durante uma reunião realizada com governadores no início da atual gestão. Em uma entrevista para a CNN no mês passado, Cameli disse que Lula “está sendo um bom presidente, como sempre foi desde o primeiro mandato”.
O governador de Roraima, Antonio Denarium, que foi eleito em 2018 e reeleito em 2022 na “onda bolsonarista”, disse ao Estadão que não vai para o ato em São Paulo porque estará cumprindo agendas no interior do Estado.
Na época das eleições, Denarium chegou a entregar panfletos e adesivos do ex-presidente para eleitores. No primeiro ano de mandato do petista, o roraimense também elogiou Lula e se disse um governador “centrado”. Depois das eleições, ele também deixou de citar publicamente o nome de Bolsonaro.
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