Após receber do Ministério da Saúde (MS) a certificação da eliminação dupla de transmissão vertical (quando passa da mãe para o filho durante a gestação) de HIV e Sífilis em 2023, Toledo está mais uma vez sendo avaliado. Desta vez, pleiteando a terceira certificação, relacionada a Hepatite B. Técnicas de Validação do Ministério foram recebidas pelo prefeito Beto Lunitti, a secretária da Saúde, Gabriela Kucharski, e pelo staff da Secretaria Municipal da Saúde (SMS). Elas farão análise documental e presencial in loco de vários fluxos de atendimento para comprovar os dados epidemiológicos e as informações já enviadas.
Na recepção das servidoras federais também participaram representantes da Associação Beneficente de Saúde do Oeste do Paraná (Hoesp/Hospital Bom Jesus), da 20ª Regional de Saúde, Consórcio Intermunicipal de Saúde Costa Oeste (Ciscopar), Conselho Municipal de Saúde de Toledo e Câmara de Vereadores.
Dupla certificação – Toledo foi o único município, em 2023, que recebeu a dupla certificação da eliminação da transmissão vertical desses dois agravos (HIV e Sífilis) e o segundo município, em série histórica, a receber essa certificação nacionalmente. O primeiro foi Guarapuava em 2022.
A secretária municipal de Saúde, a médica Gabriela Kucharski, explica que o Ministério da Saúde vem implementando essa ação para eliminar a transmissão vertical de diversas doenças que passam da mãe para o bebê durante a gravidez ou no periparto. Toledo está pleiteando a terceira certificação, que é relacionada a Hepatite B.
Avaliação – Documentos com os dados epidemiológicos já foram encaminhados ao MS contendo nossas estatísticas. Desta terça-feira (13) até a próxima quinta-feira (15) a Comissão irá avaliar, na prática, os atendimentos às gestantes, às crianças e o funcionamento dos nossos fluxos. “Se realmente aquilo que encaminhamos como documentação se reproduz durante a rotina de atendimento dos serviços em saúde. Eles devem passar por todos os serviços que fazem atendimento de alguma forma a esse público, gestantes e bebês de alto risco expostos a essas doenças, para então na quinta-feira fazer uma reunião de fechamento e dar um retorno a respeito disso para nós”, explica Gabriela.
O resultado só é divulgado oficialmente após alguns meses, porém já ficam “indicativos” de sucesso após as análises preliminares. O prefeito Beto Lunitti parabenizou toda a equipe pelo excelente trabalho que é realizado por todos os servidores e está confiante de que a terceira certificação já está garantida. “Temos uma equipe de excelência que faz um esforço coletivo para fazer o melhor em saúde pública brasileira. Mudar o Brasil é referenciar o território municipal para que o Ministério da Saúde, por exemplo, leve aquilo que a gente constroi aqui para o país. Isso é importante, gratificante e nos torna cada vez mais felizes”, salientou confiante.
A ansiedade é um sentimento presente na equipe da Saúde durante esse período de avaliação, pois não basta apenas apresentar informações em planilhas e documentos, todo o trabalho de base é levado em consideração, os atendimentos e fluxos são verificados, isso inclui até entrevistas de satisfação com usuários aleatórios dos serviços. “Essa é uma certificação que não basta o gestor querer, é realmente o resultado do trabalho do dia a dia de todos os profissionais da saúde que lidam com esse público. Então todos ficam muito envolvidos e por isso é toda essa ansiedade em relação à recepção do Ministério da Saúde, é a avaliação do nosso trabalho na prática”, frisa a secretária.
Objetivos da certificação – Reconhecer as boas práticas realizadas pela rede de atenção à saúde; Reconhecer as fragilidades existentes nos serviços de saúde que compõe a rede de atendimento às gestantes e crianças; Verificar a qualidade da assistência ao pré-natal, parto, puerpério e acompanhamento da criança exposta; Fortalecer as intervenções preventivas no que se refere a eliminação da transmissão vertical; Promover a articulação nos diversos pontos de atenção à saúde para fortalecer a rede materno infantil; Sensibilizar os profissionais de saúde quanto ao acompanhamento das gestantes e crianças conforme os protocolos instituídos no município; Garantir a realização de testes rápidos em tempo oportuno a fim de proporcionar o tratamento precoce prevenindo a transmissão vertical; Reconhecer o processo de trabalho de gestores e profissionais de saúde envolvidos na eliminação da transmissão vertical.
DECOM