O prédio localizado na Avenida Maripá, onde funcionava a antiga loja do Super Muffato, será oficialmente denominado Centro Administrativo Municipal Duílio Genari. A sanção da Lei nº 2.845/2024, que confere o nome do espaço, foi realizada na manhã desta segunda-feira (25), em ato na Sala de Reuniões do Gabinete do Prefeito, e será publicada na edição desta terça-feira (26) do Órgão Oficial do Município.
A viúva do homenageado, Azélia Dalla Costa Genari, e a filha, Adriane Lenice Genari Dias, participaram do evento, que também contou com a presença do prefeito Beto Lunitti; do vice-prefeito Ademar Dorfschmidt; da chefe de Gabinete, Fabiana Trento de Oliveira; do procurador-geral do município, Mauri Ricardo Reffatti; do assessor especial de Governo, Márcio Antônio “Pena” Borges; e dos secretários Norisvaldo Penteado de Souza (Planejamento, Habitação e Urbanismo), Andriws Todeschini Prestes (Administração), Eudes Luiz Dallanol (Esportes e Lazer) e Diego Bonaldo (Agronegócio, Inovação, Turismo e Desenvolvimento Econômico). O Legislativo Municipal foi representado pelo vereador Leoclides Bisognin.
No início de sua fala, o prefeito Beto Lunitti relembrou o processo de negociação com o Grupo Muffato, que resultou na permuta entre o prédio, que tem 9.487,29 metros quadrados de área construída em um terreno de 5.798,22 metros quadrados, e sete terrenos do município. A partir do ano que vem, diversos setores do poder público local – que hoje funcionam em imóveis alugados – atuarão no espaço, promovendo maior eficiência no atendimento ao público e economia aos cofres da Prefeitura de Toledo.
Na sequência, os presentes foram convidados a compartilhar memórias e reflexões sobre o legado de Duílio Genari, reconhecido por suas contribuições ao desenvolvimento de Toledo. “No tempo em que foi prefeito ou nos sete mandatos como deputado estadual, foi responsável direto pela realização de diversas obras, como a construção deste prédio que hoje abriga o Paço Municipal. Era alguém que tinha seus posicionamentos, mas que sempre procurou manter o diálogo com quem quer que fosse a fim de atender as necessidades da nossa gente, sobretudo os mais necessitados que o procuravam”, recorda Leoclides. “Pela tamanha importância que ele teve para a nossa história, sei que esta homenagem é ainda pequena. Tenho para mim que é só um começo, pois sei que ele merece mais”, analisa Beto.
Por falar nisso, o vice-prefeito comentou ainda que o deputado estadual Marcel Micheletto lhe disse que está elaborando um projeto de lei na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) para nomear o trecho da PR-317 entre Toledo e Ouro Verde do Oeste como “Rodovia Duílio Genari”, ampliando a homenagem ao ex-prefeito, ex-vereador e ex-deputado estadual. “É uma homenagem merecida, mas nós preferiríamos não ter de fazê-la, pois gostaríamos de contar ainda com a presença dele entre nós. Foi um político ímpar da História de Toledo, que serve de exemplo para as atuais gerações de como um homem público deve atuar em favor dos interesses do nosso município”, avalia Ademar.
Azélia não quis se estender em sua fala, apenas agradeceu pela homenagem. A filha, contudo, falou de como era a vida de Duílio Genari dentro de casa. “Falar dele é fácil e difícil ao mesmo tempo. Fácil porque era um homem de qualidades conhecidas por todos, e difícil porque, em função da vida pública, sobretudo durante os 28 anos que foi deputado estadual, ele convivia pouco conosco. Porém, ele e nossa mãe nos educaram muito bem, nos preparando para as dificuldades, sendo exemplos de como sermos bons cidadãos. Ele queria o bem a todos e cumpriu muito bem sua missão nesta vida”, relata Adriane.
Quem foi Duílio Genari?
Duílio Genari nasceu em Veranópolis (RS) a 10 de maio de 1937 e, em abril de 1947, veio para Toledo, onde iniciou sua trajetória política, sendo vereador entre 1973 e 1976 e prefeito entre 1977 e 1982. Em 1990, foi eleito deputado estadual, cargo que ocupou durante 28 anos (sete mandatos). Este ciclo se encerraria em 2018, quando se afastou da política para tratar de problemas de saúde. Em 2 de março de 2023, aos 85 anos, faleceu em virtude de complicações trazidas pela Doença de Parkinson, deixando esposa (Azélia), três filhos (Rogério, Adriane e Carla) e seis netos.
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