Márcio Tiago Gasparini, 33, atua na PM há pouco mais de dez anos e foi homenageado pela corporação em 2020
O policial militar Márcio Tiago Gasparini, de 33 anos, foi preso preventivamente nesta segunda-feira (21) sob a suspeita de forjar um confronto armado e matar o policial civil Aldo Cesário dos Santos em junho de 2018. A prisão do servidor ocorre três meses após o Ministério Público do Paraná denunciá-lo à Justiça por homicídio qualificado.
Em nota, a Polícia Civil informou ter solicitado a prisão do PM após realizar “uma investigação técnica que apontou a materialidade do crime cometido pelo suspeito”. “Inclusive, o acusado já foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná (MPPR)”, acrescentou a corporação.
Além de Márcio Tiago Gasparini, outro PM foi investigado sob a suspeita de envolvimento na morte de Aldo Cesário. No entanto, a Justiça do Paraná entendeu que não havia “motivo que justificasse a prisão preventiva” dele. Ele não foi afastado das funções nem teve a suspensão do porte de arma determinada.
Advogado dos dois policiais militares envolvidos no caso, Claudio Dalledone Junior afirmou que a prisão de Gasparini não possui fundamento e é vista como uma “vingança” contra o PM.
“O decreto de prisão em desfavor do policial militar se mostra mais como uma vingança por parte de quem decretou do que propriamente uma medida de Justiça. Não existe fundamento. Não se encontra razão naquilo que o juiz escreveu para manter um policial preso. A defesa, sem sombra de dúvidas, irá empreender todos os meios legais possíveis para que nós venhamos a revogar esse decreto”, disse Dalledone. A defesa do réu deve recorrer da decisão.