O plantio da safra de soja 2024/25 no Brasil alcançou 36,1% da área estimada até sexta-feira (25.10), impulsionado por um cenário climático mais favorável nos últimos dias. Esse percentual representa um avanço significativo em comparação com a semana anterior, quando o índice era de 16,8%, mas ainda mantém o ritmo de semeadura ligeiramente atrás dos 37,1% registrados no mesmo período de 2023.
O levantamento, feito por consultorias especializadas, destaca que, apesar desse atraso em relação ao ano passado, o ritmo atual de plantio está acima da média dos últimos cinco anos, que é de 33,3%.
Esse avanço é particularmente importante para produtores que buscam reduzir os impactos do atraso inicial causado pela seca, especialmente no Centro-Oeste, onde a variabilidade de chuvas ainda preocupa. Segundo relatos de consultorias, algumas áreas do Centro-Oeste ainda enfrentam desafios devido a precipitações irregulares, que contrastam com outras regiões bem irrigadas.
No Mato Grosso, principal estado produtor de soja do país, o índice de plantio atingiu 55,7% da área total estimada, conforme o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Esse crescimento representa um salto em relação à semana anterior, mas o estado ainda não alcança o patamar do mesmo período de 2023, quando o plantio estava em 70,05%, além de permanecer abaixo da média histórica de 62,32% para esta época do ano.
Essa situação gera preocupação entre especialistas, que alertam para o risco de comprometer a janela climática favorável para a segunda safra de milho e algodão, que depende do tempo de plantio da soja.
Com a possibilidade de atraso na colheita da soja, os produtores podem enfrentar desafios para garantir boas condições para o milho e o algodão, duas culturas importantes no ciclo de plantio do estado.
No entanto, há uma expectativa de que as condições climáticas possam colaborar para a continuidade do plantio e minimização de impactos na produtividade das culturas subsequentes.