Peixe ‘gigante’ de 200 kg é encontrado morto em canal de abastecimento de fazenda de camarão no Rio Grande do Norte

Um peixe ‘gigante’, de aproximadamente 200 kg, foi encontrado morto em um canal de abastecimento de uma fazenda de produção de camarão no Rio Grande do Norte nesta terça-feira, 5. Funcionários do local foram surpreendidos com a aparição do mero, que costuma habitar regiões de águas profundas.

 

O caso aconteceu na região de Pendências, no Oeste potiguar. Logo pela manhã desta terça, o mero foi encontrado encalhado às margens do canal, que leva água da maré para a produção de camarão. Funcionários não souberam explicar como o gigante acabou no canal.

 

O engenheiro de pesca da fazenda, Ítalo Mendes, acredita na hipótese de que o mero tenha parado na região ainda filhote. “Como o canal tem 20 anos, não temos como dizer quanto tempo ele passou aqui”, relatou.

 

A causa da morte do mero também não foi esclarecida, mas é provável que tenha sido provocada pela falta de oxigênio, ressaltou o engenheiro. A aparição, inclusive, é inédita. “Existem outros peixes no canal, mas a gente nunca tinha visto um desse tamanho. Nunca tinha acontecido isso aqui”.

 

Devido ao tamanho, os funcionários tiveram de usar maquinário para retirar o peixe da margem do canal. Já em estado de decomposição, o mero foi enterrado, informou Ítalo.

 

‘Senhor das pedras’

 

O apelido de ‘senhor das pedras’ se deve à origem do nome científico do peixe, Epinephelus itajara, batizado por um pesquisador alemão que esteve no Brasil no Século XIX. O nome tem origem no tupi, ita (pedra) e jara (senhor), o ‘senhor das pedras’, devido ao alto lugar que ocupa na cadeia alimentar e por seus hábitos de habitar e se esconder em cavernas formadas por rochedos no oceano.

 

O ‘peixe mero’ habita e é comum nas regiões costeiras e manguezais ao longo do litoral brasileiro. A espécie pode chegar a 400 kg e vive, em média, 40 anos. Com poucos predadores, os ‘gigantes’ são suscetíveis à exploração marítima, principalmente em áreas da costa, e à pesca excessiva.

 

Desde 2002, a captura dos meros, assim como transporte, comercialização, o beneficiamento e a industrialização, são proibídos, segundo a Portaria Ibama Nº 121. Em 2020, a mais recente avaliação de ameaça de extinção apontou que a espécie está criticamente em perigo.

 

Catve com informações de Terra

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