Diego de Souza, preso na última segunda-feira (23) após confessar o assassinato da própria filha, Ayla Neres, de 3 anos, afirmou em depoimento à Polícia Civil que cometeu o crime em um “momento de surto”. Ayla foi morta a tiros dentro do carro em que estava com a mãe, ex-mulher de Souza, que também foi baleada o mesmo dia de seu novo casamento, em Londrina.
Após atirar contra a filha e a ex-companheira, ele abandonou o corpo da criança no veículo e foi encontrado pela polícia bebendo em um bar. Em depoimento, afirmou que sua intenção inicial era tirar a própria vida e não atingir a ex-esposa ou a filha.
“Foi coisa que passou na minha cabeça na hora, me arrependo bastante, mas o meu plano era eu me matar. Eu não suportava a ideia de ela ficar longe de mim e ficar com outro pai. A [nome da mãe da criança] dificultava muito eu ver a Ayla”, disse Souza.
Questionado sobre o disparo que atingiu Ayla, que estava em sua cadeirinha no carro, ele afirmou: “Não sei, estava fora de mim”. O homem disse ainda que pediu para uma amiga da ex-esposa sair do local antes do crime, alegando que a intenção inicial era se suicidar após devolver Ayla para a mãe.
Em diferentes momentos do depoimento, Souza repetiu que estava em estado de surto. “Acho que foi um surto, eu sei que fiquei muito magoado com a [nome da mãe da criança]. Ela olhando como ela olhou pra mim, de vingança feita”, declarou, sem explicar o que considerava como “vingança”.
Souza negou estar sob o efeito de drogas no momento do crime e afirmou que nunca foi usuário. O advogado de defesa, Alexandre de Aquino, declarou à RICtv Londrina que pretende solicitar um exame de insanidade mental para o cliente.
O caso segue sob investigação da Polícia Civil, enquanto Souza permanece preso. O assassinato chocou a comunidade local, que agora aguarda o desdobramento das investigações e da ação judicial.
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