Matheus Xavier, Vitória Pini Lenchesky e Gabriela Lunardi, acadêmicos do curso de Publicidade e Propaganda do câmpus Toledo da Faculdade Assis Gurgacz (FAG), ganharam o prêmio na categoria Outdoor no 47º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação (Intercom 2024), realizado entre no início deste mês em Balneário Camboriú/SC. Promovido pela Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, o evento é considerado o maior do país na área de comunicação.
As secretarias municipais de Saúde (SMS) e de Políticas para Infância, Juventude, Mulher, Família e Desenvolvimento Humano (SMDH) foram parceiras importantes no projeto campeão, ajudando na divulgação da campanha em redes sociais, postando artes e conscientizando as crianças dos malefícios do cigarro eletrônico (também chamados de vapes). “O projeto foi muito eficaz, fizemos visitas em alguns colégios e conversamos com aproximadamente 600 jovens entre 14 a 17 anos para alertá-los”, comenta Matheus.
A diretora do Departamento de Gestão em Saúde da SMS, Tatiani Finkler Guzzo, destaca que a divulgação de campanhas que envolvem a temática de prevenção ao tabagismo é essencial, especialmente entre adolescentes e jovens. “Essas iniciativas ajudam a conscientizar sobre as consequências, que geram problemas de saúde, dependência e impacto social. Ao informar e educar, podemos empoderar os jovens a tomarem decisões mais saudáveis, reduzindo a probabilidade de iniciarem o hábito de fumar. Além disso, investir em campanhas utilizando de redes sociais é uma forma de chegar mais próximo deste público que está diariamente conectado. Investir na conscientização é um passo indeclinável para um futuro livre do tabagismo”, comenta.
Após a fase municipal, o trabalho seguiu com a divulgação, em todo o Paraná, de outdoors assinados pela Secretaria de Estado da Saúde com a mensagem “Seu pulmão não é recarregável”. A peça publicitária instigou e buscou a conscientização do público em geral, mostrando os inúmeros aspectos negativos desta “modinha”, aspecto reforçado por uma imagem chamativa. “Os jovens hoje normalizaram o uso de cigarros eletrônicos. Isso é fruto da falta de informação. Portanto, sentimos a necessidade de criar este projeto”, analisa Matheus.
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) alerta que, em termos de substâncias químicas nocivas ao pulmão, uma unidade de cigarro eletrônico (pod) com 8.000 tragadas (pushes) equivale a 32 carteiras do cigarro convencional. Com níveis de nicotina dez vezes maior que os do cigarro tradicional, os vapes têm potencial ainda maior de causar dependência química em crianças, que têm, desde cedo, contato com micrometais que estão entre os principais causadores de câncer.
DECOM