O professor de medicina Colin Espie, especialista em qualidade do sono na Universidade de Oxford, afirmou que a depressão tem duas vezes mais chances de se desenvolver em pessoas que têm insônia ou má qualidade do sono. O alerta foi feito na data em que se comemora o Dia Mundial do Sono.
“As consequências de um sono ruim podem ser devastadoras para as pessoas. A depressão, por exemplo, tem duas vezes mais chances de se desenvolver em pessoas que têm insônia e sono ruim. [Não ter um sono de qualidade] é um fator de risco para problemas de saúde física, como diabetes e doenças cardiovasculares. Precisamos colocar o sono junto com dietas e exercícios como um dos pilares da saúde”, disse o especialista.
Colin Espie afirmou ainda que o sono é o principal fornecedor natural de saúde física, emocional e cognitiva para os seres humanos. Para ele, existe a necessidade de colocar o bom sono “no centro de nossas vidas”.
“Meus ‘5 princípios’ de boa saúde do sono são que devemos valorizar, priorizar, personalizar, confiar e proteger nosso sono. Não se trata apenas de limitar a cafeína e ter camas confortáveis, precisamos colocar um bom sono no centro de nossas vidas. Se não temos boas noites, geralmente não desfrutamos de bons dias”, afirmou Espie.
Dormir mais de 8 horas é preguiça?
Ouvimos que o ideal é dormir 8 horas, mas não é bem assim. Para começar, cada indivíduo é único. Por isso, não há um número mágico de horas recomendadas. Além disso, a necessidade muda com a idade.
“O adulto dorme entre 7 e 9 horas. Ainda é normal que durma ou 6 ou 10 horas. Não existe um número chave, mas existe uma média para cada faixa etária para recuperar energia, capacidade de resolução de problemas, de viver um dia disposto”, explica Sandra Doria, otorrinolaringologista com especialização em Medicina do Sono e pesquisadora do Instituto do Sono.
🕖🕗🕘 RECOMENDAÇÃO: segundo a National Sleep Foundation, os tempos de sono são divididos em nove faixas etárias – dos recém-nascidos aos idosos. Veja abaixo: